Se você consome azeite, com certeza já reparou que o preço disparou nas gôndolas dos supermercados.
Fazendo o caminho contrário da inflação brasileira, que tem desacelerado e acumula alta de 3,75% de janeiro a outubro, o azeite de oliva encareceu, em média, quase sete vezes mais no mesmo período, com inflação acumulada de 25,6%. Só em outubro, para se ter uma ideia, mês em que a inflação variou 0,24%, o azeite encareceu 5,3%. E a notícia não é nada animadora: como esse encarecimento é reflexo de problemas globais relacionados à safra de azeitona, matéria prima do azeite, aa tendência é que os preços nos supermercados brasileiros continuem nas alturas. A safra global de 2022 foi a pior da história e a expectativa era de melhora em 2023, mas isso não tem se confirmado. A colheita das oliveiras continua sofrendo os impactos negativos das altas temperaturas.
E a crise é tão grande que na Espanha, país que é maior produtor de azeitona, até roubos de cargas do fruto têm sido registrados. Vale ressaltar que o Brasil é o segundo maior importador de azeite do mundo. O nosso país produz só 1% do que é consumido aqui e isso explica por que os preços estão tão altos: o preço do azeite aqui no mercado interno são totalmente influenciados pelo que acontece nos principais países produtores.
Fonte: Rádio2
Postado por: Jefferson Silva - Laranjeiras do Sul
16/11/2023