De acordo com levantamento do Statista Digital Market Outlook em 2019, o Brasil foi considerado o maior mercado on-line latino, registrando, nos primeiros seis meses de 2021, 78,5 milhões de operações via e-commerce, ou seja, um crescimento de 57,4% ante o mesmo período de 2020, segundo a Neotrust. Em relação ao faturamento, a alta foi de 72,2% para R$ 35,3 bilhões. Caso esse cenário permaneça, o Brasil chegará ao fim de 2021 com mais de R$ 140 bilhões oriundos do e-commerce.
Também é importante ressaltar que, de acordo com a pesquisa "Webshoppers", realizada recentemente pela Ebit | Nielsen em parceria com o Bexs Banco, no ano passado 13,2 milhões de novos consumidores passaram a utilizar o e-commerce, uma alta de 23% em relação a 2019. Caso essa tendência de crescimento em dois dígitos seja mantida, o Brasil chega ao fim do ano com 180 milhões de usuários no comércio eletrônico.
Cenário econômico complicado
Apesar dos bons resultados até agora, é necessário prestar atenção ao complicado momento econômico que o Brasil atravessa, com uma queda de 4,1% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de instabilidades na moeda, que causaram desvalorização ante o dólar e alto índice de desemprego.
Todos esses pontos fizeram com que mais da metade das pessoas se tornassem mais cuidadosas ao realizar compras. Mas, em contrapartida, esse cenário também fez com que 80% dos consumidores do Brasil fizessem compras on-line e com novas marcas. Além disso, 38% se tornaram mais abertos às operações transfronteiriças, de acordo com dados do relatório "The 2021 Bordeless Commerce", feito pelo PayPal.
O levantamento ainda mostrou um crescimento nas compras por meio de dispositivos móveis ao passo que a conectividade alcança regiões rurais. Espera-se que, até o ano de 2023, as operações utilizando celulares aumentem 17,8% ao ano, um número bem acima da média de 9,3% esperada globalmente.
Crescimento no setor de joias e bijuterias
O setor de joias de Minas Gerais está mais positivo a respeito dos resultados. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Joalherias, Ourivesarias, Lapidações e Obras de Pedras Preciosas, Relojoarias, Folheados de Metais Preciosos e Bijuterias no Estado de Minas Gerais (Sindijoias-MG), Manoel Bernardes, acredita-se que o segmento tenha uma alta de 7% em 2021 se comparado a 2020, após passar por um ano de perdas por conta das consequências da pandemia da Covid-19.
"Esperamos que não tenha uma terceira onda da pandemia, com mais fechamentos, o que nos leva a uma perspectiva de melhora. Também aguardamos um segundo semestre mais estável, com uma programação maior. A economia tem um componente emocional muito grande. As pessoas consomem menos se tem muita insegurança", aponta Bernardes. Além disso, é importante ressaltar a possibilidade de diferentes compras, como a de aliança de casamento, de forma on-line.
Fonte: www.bemparana.com.br
Postado por: Josiel
04/10/2021