Familiares, amigos e vizinhos de Valmir dos Santos, morto aos 39 anos em 2019, reuniram-se em frente ao Fórum de Laranjeiras do Sul, na tarde desta quinta-feira (19), pedindo a prisão dos condenados pelo crime.
O caso
Valmir residia no bairro Ãgua Verde, em Laranjeiras. Ele sumiu em 9 de agosto do ano passado e seu corpo foi encontrado 40 dias depois, no meio de uma plantação de eucaliptos, em Sertãozinho, interior de Porto Barreiro. O sofrimento da famÃlia agora é representado pela busca de justiça.Â
A PolÃcia Civil concluiu a investigação do crime ainda 2019. Em entrevista de vÃdeo publicada no grupo de WhatsApp a 2ª SDP, o delegado Marcelo Trevisan relatou que os suspeitos do caso seriam “a ex-companheira de Valmir e alguns familiares delaâ€. Cinco pessoas foram indiciadas pelos crimes de homicÃdio qualificado e ocultação de cadáver.Â
Após matarem o homem, os assassinos teriam carregado o corpo em um veÃculo até o interior de Porto Barreiro. Lá, eles cortaram o cadáver em várias partes e então atearam fogo. Várias covas rasas foram feitas para enterrar os pedaços do corpo.Â
Por conta do estado de decomposição em que o corpo foi encontrado, foi necessário um exame de DNA para a comprovação de que se tratara de Valmir. Por conta disso, a famÃlia só conseguiu sepultar o ente-querido em setembro de 2020.Â
A manifestaçãoÂ
O questionamento dos familiares e das demais pessoas próximas a Valmir é com relação à decisão da doutora Cristiane Dias Bonfim, que de acordo com eles, negou o pedido de prisão preventiva feita pelo Ministério Público.Â
“Estamos pedindo justiça. O crime ocorreu no ano passado, já faz um ano e quatro meses e não temos resposta. A população e famÃlia estão indignadas. Quem fez o crime precisa pagarâ€, disse o irmão de Valmir, Thiago dos Santos.Â
De acordo com ele, o caso corre em segredo de Justiça. Ainda assim, a famÃlia pede uma explicação das autoridades. “A famÃlia está abandonada, enquanto quem fez está por aÃ. Queremos a prisão. Já foi investigado, já tem os assassinos, mas não prenderam. A famÃlia não vai descansar enquanto não houver um resposta da Justiça. Meu irmão era trabalhador, não era qualquer umâ€.
A irmã, Jussara dos Santos, lamentou a decisão da juÃza de negar a prisão preventiva da ex-esposa e de mais cinco familiares dela. “ Existem provas suficientes para eles estarem na cadeia e estão soltos. Pedimos à doutora Cristiane que reveja a decisão dela. Eles não destruÃram só o Valmir, mas a famÃlia inteiraâ€.
O Correio do Povo do Paraná procurou contato com o Ministério Público de Laranjeiras e com a juÃza Cristiane Dias Bonfim. Em contato com a assessoria do primeiro, esta pediu que fizessemos a solicitação via e-mail. Assim procedemos, sem resposta até o fechamento desta edição. Não conseguimos o contato com a assessoria da juÃza.
Fotos: Juliam Nazaré/Jornal Correio
Â
Fonte: Jornal Correio do Povo
Postado por: Jakeline Buratti
20/11/2020