O traficante Fernandinho Beira-Mar, transferido para Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, voltou à unidade pela quinta vez.
A primeira passagem dele pelo presídio, de acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), foi em julho de 2006. Na ocasião, ele ficou quase um mês sozinho na unidade, que tinha acabado de ser inaugurada.
A nova transferência de Beira-Mar ao presídio aconteceu no sábado (2), em uma operação sigilosa.
Antes ele estava no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, de onde dois presos da mesma facção dele, o Comando Vermelho, fugiram em 14 de fevereiro deste ano.
Além de Beira-Mar, outros dois presos também foram enviados à penitenciária. Tratam-se de Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida.
De acordo com a Senappen, de 19 de julho de 2006 até 17 de agosto do mesmo ano, Fernandinho Beira-Mar foi o único detento a ocupar o Penitenciária de Catanduvas, que tem capacidade para 208 presos.
A unidade de segurança máxima, primeira do tipo no país, foi inaugurada no mesmo mês que o detento foi levado ao local.
Beira-Mar, preso desde 2001, acumula penas que somam mais de 300 anos de prisão por crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídios.
Em nota encaminhada na segunda-feira (4), a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), por intermédio da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal (DISPF), informou que as constantes transferências de presos em presídios de segurança máxima tem por finalidade "garantir o enfraquecimento das lideranças do crime organizado".
Em 2015, Fernandinho Beira-Mar foi condenado a 120 anos de prisão por liderar uma "guerra" de facções, em 2002, dentro do presídio de segurança máxima Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Na ocasião, quatro rivais foram assassinados. Acumuladas, as penas de Beira-Mar chegam a 317 anos de prisão.
O g1 procurou a defesa de Fernandinho Beira-Mar para comentar sobre a transferência dele do Rio Grande do Norte ao Paraná, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. As defesas de Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida não foram localizadas.
Fonte: G1 Oeste e Sudoeste.
Postado por: Adilson
05/03/2024