O Alerta Ferugem já começou no Paraná pelo oitavo ano consecutivo. A iniciativa organiza uma rede de monitoramento da ferrugem-asiática, principal doença da soja e a que mais preocupa os agricultores porque impacta diretamente na produtividade das lavouras. A rede monitoramento é encabeçada pelo Instituto de Desenvolvimento do Paraná (IDR-Paraná), em parceria com Embrapa Soja, Sistema Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar) e universidades estaduais de Londrina (UEL) e Ponta Grossa (UEPG), Federal do Paraná (UFPR) e Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
O principal dano causado pela doença é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. Com o auxílio de coletores de esporos, distribuídos pelas regiões produtoras, agricultores e profissionais da assistência técnica têm como detectar a presença do agente que, combinado às condições climáticas favoráveis, pode causar a doença nas lavouras. De acordo com especialistas, a ocorrência do El Niño pode antecipar o aparecimento da ferrugem neste ano.
A exemplo das safras anteriores, espera-se que o Alerta Ferrugem reduza em mais de 30% o número de aplicações de fungicidas nos plantios de produtores que acompanham as informações divulgadas pelo monitoramento.
MAIS CEDO - Nesta safra a ferrugem-asiática da soja pode chegar mais cedo nas lavouras do Paraná. De acordo com Possamai, dois fatores contribuem para esta antecipação. O primeiro deles é que o inverno ameno deste ano, sem geadas fortes, beneficiou o desenvolvimento da soja “guaxa” (plantas que nascem espontaneamente), sobretudo onde o vazio sanitário da soja não foi realizado com rigor, o que garantiu a sobrevivência da doença em plantas espontâneas.
O segundo motivo é o clima, sob influência do El Niño, que aumenta a ocorrência de chuvas e umidade, condição ideal para o desenvolvimento da doença.
Para enfrentar este cenário desfavorável, o Alerta Ferrugem divulga semanalmente orientações técnicas amparadas em informações dos coletores e condições meteorológicas. Os dados estão no site do IDR-Paraná (AQUI) ao alcance de produtores e profissionais da assistência técnica.
Fonte: AEN
Postado por: Jefferson Silva - Laranjeiras do Sul
17/10/2023