O programa Paraná Trifásico será implantado pela Copel e envolve investimentos de R$ 2,1 bilhões e 25 mil quilômetros de redes trifásicas de energia no campo, em todo o Paraná, até 2025. O lançamento foi em solenidade no Palácio Iguaçu, junto com o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.
É o maior investimento da Copel Distribuição e o principal do PaÃs nesta área. A espinha dorsal da rede de distribuição no campo será trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica hoje existente, que foi implantada na década de 1980.
A modernização, afirmou o governador, acompanha o desenvolvimento do agronegócio paranaense, que é cada dia mais produtivo. “É o maior programa do Brasil de linha trifásica, que trará um aumento de produtividade a todo o setor, desde o pequeno agricultor até as grandes cooperativasâ€, disse Ratinho Junior.
Ele ressaltou que um produtor que tenha uma granja de frango, por exemplo, muitas vezes não consegue ampliar a produção porque a rede não aguenta os equipamentos ou novas tecnologias. O novo sistema elimina essa dificuldade. “O programa vai transformar as cadeias produtivas do leite, da avicultura, piscicultura e suinocultura e, acima de tudo, vai levar uma energia de qualidade, garantir que não tenha queda e dar a tranquilidade para o Paraná crescer nos próximos 30 anosâ€, completou.
O presidente da Copel afirmou que o investimento eleva a área de distribuição da companhia a outro patamar. “O programa vai atender melhor o nosso consumidor, permitir que ele continue crescendo e melhore a sua produção para contribuir com o desenvolvimento do Estadoâ€, afirmou.
“A Copel terá um benefÃcio triplo: ela melhora o fornecimento de energia, reduz os custos, porque a rede demanda um custo menor de manutenção, e aumenta sua base regulatória, por onde é remunerada pelos seus ativosâ€, explicou Slaviero.
MENOS QUEDAS – Com o Paraná Trifásico, a Copel vai garantir melhoria da qualidade no fornecimento de energia para o campo, além de renovar seus ativos e prover mais segurança aos seus empregados e à população. Os novos cabos são todos protegidos, com nÃvel de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos.
Hoje, redes isoladas sofrem com a queda de energia. Com o trifaseamento, haverá interligação entre elas. O efeito será a criação de redundância no fornecimento, ou seja, redes que hoje estão próximas mas não se conversam, passarão a ser interligadas. Se acabar a energia em uma ponta, a outra fornece o abastecimento e, em caso de desligamentos, os produtores rurais terão o restabelecimento da energia mais rápido.
BENEFICIADOS - Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção, como de leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, serão as grandes beneficiadas. O reforço nas redes também será importante para a irrigação das lavouras e abastecimento de água pelos poços artesianos, que dependem de energia de qualidade.
AGRONEGÓCIO – O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que o investimento representa um grande ganho para o agronegócio paranaense.
“Energia é um insumo cada vez mais importante no campo. A produção evolui na mecanização, digitalização e nos processos de produção de animais, que têm uso intensivo de energiaâ€, explicou. “O agronegócio paranaense cresceu muito, mas não houve investimentos mais consistentes na área energética que acompanhasse esse crescimentoâ€, afirmou.
De acordo com o secretário, o trifaseamento das redes de distribuição contribuirá muito com o crescimento ainda maior da produção paranaense e do processamento industrial. “Os produtores à s vezes ficam sem o lucro do ano porque perderam uma fornada de tabaco, um tanque de expansão de leite, morreram pintainhos ou leitões por causa da queda de energiaâ€, disse.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, destacou que muitas cooperativas aguardam o fortalecimento da rede de energia para ampliar seus investimentos. “Energia em quantidade e qualidade é um fator de desenvolvimento, o produtor tem possibilidade de se modernizar e evoluirâ€, afirmou.
MENOS CUSTOS – Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o investimento da estatal vai proporcionar o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. Além disso, equipamentos com motores trifásicos normalmente são mais eficientes, baratos e têm uma taxa de falha menor.
NOVAS TECNOLOGIAS - O programa também será a base para levar novas tecnologias às redes de energia rurais. Um exemplo é a automação que a Copel está implantando em todo o Estado com, por exemplo, os religadores automáticos. Outra novidade é o controle da rede à distância, por meio de Centro de Operações centralizado da Copel, instalado em Curitiba.
Fonte: AEN
Postado por: Jefferson Silva
31/10/2019