A crise climática é uma questão urgente que tem ganhado notoriedade em diferentes setores da sociedade, inclusive os ligados à agricultura. Os eventos climáticos extremos como enchentes, secas, oscilações na temperatura, colocam em risco a produção de alimentos e consequentemente sustentabilidade das pequenas propriedades rurais.
Dadas as circunstâncias, o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) se prepara para o novo cenário. “Isso afeta a produção de alimentos e tem uma consequência negativa na segurança alimentar do país, especialmente para os consumidores de baixa renda”, afirmou Tainá Guanani, secretária de Jovens e Meio Ambiente na Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep).
Debates sobre a crise climática
A Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares), federações e sindicatos filiados, estão inserido nas discussões sobre o clima na busca de reivindicar medidas e políticas públicas que promovam e permitam a transição para a agricultura sustentável, orgânica e agroecológica.
Nos dias 15 e 16 de julho, a Fetaep promoverá o Encontro Estadual da Juventude Rural em Curitiba. Cerca de 100 jovens irão discutir temas essenciais para a agricultura familiar, incluindo a crise climática. “Quando falamos de jovens permanecerem no campo com qualidade de vida e dignidade, além de acesso à terra, renda e trabalho, eles precisam de saúde física e mental assegurada, educação pública de qualidade, esporte, lazer e um meio ambiente preservado”, acrescentou Tainá.
Em novembro acontecerá o Seminário Nacional de Juventude, Meio Ambiente e Justiça Climática, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e os preparativos já começaram dentro do movimento sindical. “Na semana passada, reunimos jovens da região Sul e de outros estados que fazem parte do bioma Mata Atlântica para discutir a vulnerabilidade dos grupos mais afetados pela crise climática, como agricultores familiares, comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e ribeirinhos”, explicou Tainá.
Tainá destacou a importância de garantir espaços representativos nesses debates. “Os impactos ambientais não ocorrem de maneira homogênea, mas afetam grupos que são mais vulneráveis, mais invisibilizados. A gente precisa trazer isso à tona e precisa que esses grupos, que esses sujeitos, sim, façam parte do debate de construção dessas políticas públicas”, finalizou.
Como a Agricultura Familiar protege o meio ambiente?
A produção de alimentos feita por pequenos agricultores colabora com a preservação através de práticas sustentáveis. Algumas são:
Rita Hilachuk / Assessoria Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadores Rurais de Laranjeiras do Sul e Porto Barreiro.
Fonte: ssessoria Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadores Rurais de Laranjeiras do Sul e Porto Barreiro
Postado por: Jefferson Silva - Laranjeiras do Sul
18/06/2024